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Pro Paz Mangueirão ganha espaço literário

No Dia Nacional do Livro e data de nascimento do escritor Monteiro Lobato, o núcleo do Pro Paz Mangueirão ganhou um espaço literário para atender as mais de 300 crianças e adolescentes assistidos pelo programa que funciona no estádio. O acervo reúne 485 obras de autores diversos com ênfase na literatura infanto-juvenil. A festa de abertura do espaço, realizada na manhã desta terça-feira, 18, foi animada com exibição teatral e música da orquestra de percussão do núcleo regida pelo maestro Heraldo Santos. O espaço faz parte do projeto Livro Solidário, coordenado pela Imprensa Oficial do Estado desde 2004. Segundo o jornalista Cláudio Rocha, presidente da Ioepa, com o núcleo Mangueirão, o projeto soma mais de 50 mil livros doados para dezenas de instituições.

 
No espaço Mangueirão, as crianças vão poder acentuar o ritmo literário com oficinas de linguagem, interpretação e teatro. O professor Wilson Trindade deu uma pequena mostra do que vem pela frente, a partir do conteúdo literário obtido com a parceria do projeto Livro Solidário. “Vamos poder trabalhar a imaginação da criança, pois literatura não se impõe. A criança precisa ser convidada para entrar no imaginário da leitura”, contou. No primeiro dia, crianças interpretaram as personagens famosas da literatura infantil, com destaque para a boneca Emília, personagem da obra Sítio do Pica-pau Amarelo, do escritor Monteiro Lobato. Para a pequena Ana Beatriz, 10, que interpretou a boneca, o novo espaço de leitura vai ajudá-la com as lições da escola e na sua própria história de vida. “Eu sou sapeca, igual a boneca Emília”, disse a menina.
 
 
Segundo o presidente da Ioepa, o projeto Livro Solidário vai ganhar mais impulso neste ano de 2017, já que o Governo do Estado também abriu campanha de incentivo à leitura nos órgãos públicos. Outra aposta é o aumento da participação de bibliotecas municipais na campanha. “Queremos ampliar nossa participação nas cidades paraenses. Abrimos um espaço na biblioteca de Breu Branco e queremos avançar”, disse o jornalista, que também emprestou uma frase do escritor Ziraldo para falar da importância da literatura. “Ziraldo diz que ler é mais importante que estudar; claro que não é uma coisa generalizada, mas sem dúvida faz sentido porque leitura é conhecimento e as redes sociais só existem por causa da informação da literatura”, ensinou o jornalista.
 

A diretora de Documentação e Coordenadora do projeto Livro Solidário da Imprensa Oficial do Estado, jornalista Carmen Palheta, destacou a diversidade do acervo doado com autores brasileiros, paraenses e internacionais, como a J.K.Rowling, autora do best-seler Harry Potter, e Vitor Hugo, de Os Miseráveis. Entre os brasileiros, o acervo reúne Monteiro Lobato, Machado de Assis, Cecília Meireles, Raquel de Queiroz, José de Alencar e o paraense Antônio Juraci Siqueira. Vale ainda lembrar que todos os livros são doados ao projeto. “Quem quiser colaborar com o projeto pode fazer a doação na sede da Ioepa, na Travessa do Chaco, entre Almirante Barroso e 25, no horário comercial. No site da Imprensa Oficial tem um link do projeto, que também é outra forma de manter contato com a gente”, explicou.

O novo espaço literário no Mangueirão vai se juntar aos que já funcionam no Lar de Maria, no bairro de São Brás, escola Cristã, no Benguí, escola Mário Barbosa, na Terra Firme, ONG Viva Mosqueiro, Fasepa, além de um terceiro espaço que será aberto no núcleo do Pro Paz, na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), segundo Mônica Altman, coordenadora do Pro Paz nos bairros. “Só temos a festejar essa parceria com o Livro Solidário, assim as crianças vão poder aumentar o nível de conhecimento por meio das leituras”, disse.

A secretária de Esporte e Lazer, Renilce Nicodemos, e a diretora do Mangueirão, professora Cláudia Moura, foram representadas na cerimônia pelos gerentes Elber Maia e Augusto Lisboa. A diretora do Núcleo de Articulação pela Cidadania, Eneida Almeida, também esteve na solenidade. O termo de compromisso e doação dos livros foi assinado pelo presidente da Ioepa, jornalista Cláudio Rocha, e Mônica Altman, do Pro Paz. No Mangueirão, mais de 300 crianças e adolescentes participam das atividades esportivas, de teatro, música e reforço escolar. As ações são de graça.